29/09/2017

A importância da Nutrição no combate ao suicídio

Para encerrarmos Setembro, mês de atenção ao suicídio, é importante falarmos sobre o impacto que a nutrição pode ter sobre essa ação, sendo por meio da deficiência de alguns nutrientes ou pelos distúrbios alimentares. É relatado na literatura que pacientes com depressão possuem em sua maioria carências de ômega-3, magnésio, aminoácidos e vitaminas do complexo B, sendo comprovado que a terapia nutricional promove a melhoria da qualidade de vida sem malefícios para o paciente.
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O ômega-3 está presente principalmente em peixes de água fria, como o salmão, arenque, cavala, sardinha e atum. É considerado um protetor quanto a inflamação, sendo assim, um nutriente importante no combate a depressão, em grande parte das vezes originadas pelos efeitos provocados por processos inflamatórios acentuados no SNC.
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O magnésio, mineral encontrado principalmente em frutas como uva, banana e abacate; grãos e derivados como a granola, gérmen de trigo e aveia; sementes e nozes como gergelim, amendoim, girassol castanha e amendoim, além de leite, soja, grão de bico, pão, peixes, batata, beterraba, couve e espinafre, é um dos responsáveis pela regulação iônica do cérebro. Se esta não ocorrer de forma satisfatória pode acarretar em danos neuronais e uma consecutiva depressão.
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As vitaminas do complexos B afetam a síntese de neurotransmissores, podendo acarretar a depressão. Proteínas animais, leguminosas, frutas e hortaliças são eficientes fontes dessas vitaminas. 

Todavia, a nutrição não influencia apenas de forma biológica um possível suicídio, mas também em questões relacionados ao psicológico, geradas por transtornos alimentares. Alterações bruscas no consumo alimentar como a bulimia, anorexia e compulsão alimentar são consideradas transtornos alimentares. Pesquisas demonstram que a taxa de suicídio é maior em pessoas que possuem esses transtornos, principalmente em jovens. Possíveis causas para esse ato são as dores psicológicas geradas por uma ansiedade, depressão, medo, sentimento de isolamento, pressão para uma recuperação rápida, entre outras que acarretam em pensamentos e comportamentos suicidas.
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Contudo, deve-se valorizar a alimentação e integrá-la ao tratamento tradicional de pessoas com tendências suicídas. A nutrição pode interferir na gênese de muitos fatores que levam a depressão, com o poder de retardar e até mesmo evitar essa patologia. Além de contribuir para a melhora do quadro do paciente a terapia nutricional não possui efeitos colaterais, sendo estes pontos que favorecem a implementação desta como um tratamento complementar. Como profissionais de saúde, precisamos enfatizar que o mais importante é a saúde e não a forma física, transtornos alimentares possuem tratamento e recuperação estável. Devemos ficar atentos aos colegas e familiares, pois o apoio e a compreensão com o outro são atitudes importantes que contribuem no tratamento desses comportamentos suicidas. 


Referências:
Suicídio e Transtornos Alimentares. Disponível em:<http://gatda.com.br/> Acesso em: 22 set 2017.

SEZINI, A.M.; GIL, C.S.G.C. Nutrientes e Depressão. Vita et Sanitas, Trindade, n.08, 2014.


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