APOIO PATERNO NO
INCENTIVO À AMAMENTAÇÃO
Se
você leu nosso último post e deu uma olhadinha no nosso mural, você sabe que
estamos fechando o Agosto Dourado, mês escolhido pela Organização Mundial de
Saúde para reforçar a importância do aleitamento materno e chamar a atenção da
sociedade para a consolidação da rede de apoio que deve sustentar uma mãe
lactante, e essa rede somos todos nós que temos lactantes na família, entre
amigos, nos espaços por onde passamos e principalmente na área da saúde, ou
seja, se você é um profissional da saúde, também cabe a você incentivar o
aleitamento materno! Mas hoje, nosso post é especialmente para relembrar a
importante função do pai dentro dessa rede de apoio.
É
indiscutível a importância do apoio familiar, em especial o apoio paterno, na
amamentação, diante da ansiedade gerada na mulher, durante o ato de amamentar.
O pai deve contribuir não só na saúde da mulher, como na saúde da criança,
exercendo o seu papel de companheiro e de pai. Sabe-se que o apoio paterno,
aumenta a chance da mulher em optar pela amamentação, assim como dar
continuidade ao processo. E isso é de grande relevância, não só pela própria
composição do leite materno, sendo o alimento mais completo para o bebê , por ser
capaz de prevenir infecções, obesidade, colesterol alto e diabetes, como também
por possibilitar uma ligação entre os membros familiares com o bebê (SILVA,
SANTIAGO, LAMONIER, 2012).
Atualmente,
tem sido falado na chamada ‘’nova paternidade’’, que traz a imagem do pai não
unicamente como ‘’provedor da casa’’, mas como responsável (juntamente com a
mãe) e participante ativo da criação dos filhos no seu crescimento e
desenvolvimento, incluindo na alimentação, que se inicia com a amamentação
(JENERAL et al., 2015).
Um
estudo realizado em Sorocaba sobre a atuação do pai no processo da amamentação
do bebê mostra que o incentivo paterno é fundamental para o sucesso da mãe ao
amamentar, e esse incentivo e participação do pai foi efetivo pelo fato de ele
estar devidamente informado sobre os benefícios do leite materno para a saúde
da criança. Essa colaboração paterna pode se dar em atitudes como apoio,
atenção, carinho com a mãe, auxílio nas tarefas domésticas e até mesmo no
esvaziamento da mama (JENERAL et al., 2015).
Embora
a realidade esteja mudando, ainda são poucos os pais que acompanham e
participam do pré-natal e do pós-parto da mãe. No estudo mencionado
anteriormente, foi observado que pais que receberam orientações sobre o
aleitamento materno se sentiram mais seguros, foram mais ativos no processo da
amamentação e incentivaram mais as mães de seus filhos, enquanto que os pais
que estavam desinformados, apresentaram insegurança e se sentiram excluídos,
fazendo com que se distanciassem nesse período (JENERAL et al., 2015).
Portanto,vale ressaltar a importância de
voltar orientações a respeito destes temas também aos pais, de modo que as
informações fornecidas pelos profissionais de saúde não se limite apenas às
mães, para que eles também se sintam responsáveis por todo o processo de geração
e criação dos filhos e possam servir de suporte durante o aleitamento
materno.Um pai bem informado e esclarecido é um fator que ajuda a evitar o
desmame precoce (JENERAL et al., 2015).Diante disto, fica claro a importância dos
profissionais de saúde no incentivo e na valorização da amamentação, desde o
pré-natal, estimulando a aproximação do contexto familiar, especialmente do
pai.
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