02/12/2015

O que a carne que eu como tem a ver com Aquecimento Global?

O que a carne que eu como tem a ver com Aquecimento Global?


Na verdade, muito mais do que você imagina!

Todos os dias, através das nossas atividades e rotinas habituais, produzimos dióxido de carbono que é liberado para a atmosfera – o que é chamado de pegada de carbono. Os gases de efeito estufa detêm o calor na atmosfera do planeta o que, por sua vez, contribui para o aquecimento global, que tem efeitos prejudiciais sobre o meio ambiente, a vida humana e animal. “Pegada de carbono mede a quantidade total das emissões de gases do efeito estufa causadas direta e indiretamente por uma pessoa, organização, evento ou produto.” CarbonTrust
Em média, cada cidadão do mundo tem uma pegada de carbono de 4 toneladas por ano, ou seja, cada um de nós produz cerca de 4 toneladas de CO2 anualmente. Curiosamente, na América do Norte, cada cidadão produz cinco vezes mais – até 20 toneladas de dióxido de carbono por ano.
A pegada de carbono está relacionada diretamente com nossos hábitos de vida, por isso sua medição incida em fatores diversos como, idade, meio de transporte, local onde se vive, custos energéticos mensais, quantidade de lixo que produz, tipo de alimentação, dentre outros.
No Brasil, o consumo de carne cresceu de 36 quilos por pessoa por ano em 2010 para 42 quilos este ano, segundo a Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu. O Brasil apresenta o maior rebanho comercial do mundo e isso faz com que a criação de gado seja a terceira principal fonte de emissão de gases de efeito estufa.
Não é novidade que o consumo excessivo de carne pode ser muito prejudicial à saúde humana, aumentando a propensão a problemas como pressão e colesterol altos, excesso de peso, etc. Mas os problemas podem ir muito além da saúde humana, afetando também o meio ambiente e aumentando as emissões de gases do efeito estufa (GEEs). É o que mostram novas pesquisas publicadas recentemente nos periódicos Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) e Climatic Change.
A eructação, ou arroto, que acontece durante a ruminação do gado, emite a liberação do gás metano e possui impacto 25 vezes maior do que o carbono proveniente da queima de combustível e vegetação, em termos de aquecimento global.
O estudo publicado no PNAS sugere que as emissões da pecuária, que são responsáveis por 14,5% da liberação total de GEEs pelas atividades humanas, estão aumentando, e que a carne bovina é responsável por mais GEEs do que a produção de outras proteínas de origem animal, como laticínios, aves domésticas, carne suína e ovos, juntas.
A proporção da pegada de carbono da carne é assustadora, pois de acordo com a pesquisa publicada no PNAS a carne bovina exige 28 vezes mais terra para ser produzida, 11 vezes mais água e seis vezes mais fertilizante nitrogenado do que as outras quatro categorias, e resulta em cinco vezes mais emissões de GEEs.
Então, o que fica de tudo isso?
- Podemos consumir carne?
- Sim, podemos consumir carne, já que é uma fonte importante de diversos  micronutrientes, como o ferro. Entretanto, tudo em em excesso faz mal. Os seres humanos precisam em média de 0,8g/kg de peso corporal de proteína por dia, além disso, a carne bovina, em alguns dias da semana, pode ser substituída por outro alimento fonte de proteína, como ovos (que não sejam fritos), carne de frango, preparações com soja, etc; ou até mesmo serem retiradas do cardápio durante um ou dois dias. Além de uma alimentação saudável, de boa qualidade e equilibrada, devemos pensar também em meios para reduzir nossa produção de lixo, evitar desperdício de alimentos, evitar adquirir grandes quantidades de produtos (eletrônicos ou não) que serão rapidamente descartados, utilizar meios de transporte mais adequado e etc. Todas essas atitudes, por menores que possam parecer, irão contribuir para melhorar nosso ambiente!
PENSE NISSO!! 

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